É preciso partir. De tempos a tempos, é preciso partir. O verão chega e é preciso ir para longe, porque só longe é verdadeiramente verão. Os que ficam são abandonados ao calor que vaga as ruas, emperra o mecanismo dos relógios, dilata abrasadoramente o tempo, num interminável fim de semana triste. Em vez de derreter, empedernir. É sólida a solidão do verão.
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