Luísa Sobral compôs Amar pelos Dois para a voz do irmão, Salvador, com o êxito que todos sabemos. Agora, a convite da VISÃO, ela escreveu… pelos dois: acerca das suas vidas, das influências musicais de infância, dos encontros e desencontros na adolescência, do convite para concorrer ao Festival da Canção, da aventura de ir para Kiev (apesar das dúvidas dos médicos), da surpresa da vitória na Eurovisão. É um texto terno e emotivo, mas de uma simplicidade e genuidade tocantes. E é, naturalmente, o texto que elegemos para tema de capa desta edição da VISÃO.
É um texto que, com toda a sinceridade, ajuda a explicar o “fenómeno” Salvador Sobral, o intérprete que conseguiu conquistar o mais festivaleiro dos festivais com uma canção (da irmã) que está assente, apenas, numa harmonia pura, simples e belíssima.
A inesperada vitória de Salvador Sobral é também elogiada por vários dos nossos colunistas. É o caso do (também músico e, por isso, de méritos reconhecidos na matéria) Miguel Araújo, que elogia a forma como Salvador deu tudo pela música: “Aquela atitude displicente foi bastante especial, pois não é fácil. Sabe Deus que, se fosse eu, entraria por uma ponta a ser quem sou e sairia do lado de lá de trança e lantejoulas. Transformado num berlinde, sei lá. Ele teve a confiança de manter uma certa displicência elegante e isso foi notável.”
Também José Carlos de Vasconcelos, na sua coluna quinzenal, lembrou que “a vitória da canção e do intérprete portugueses foi bonita, justa e boa para o País”. E, eu próprio, arrisquei escrever, na página de editorial que “por detrás do triunfo de Salvador e Luísa Sobral está a afirmação de uma geração nascida em plena liberdade e integração europeia, educada em clima de tolerância, ambiente cosmopolita e de grande abertura ao mundo”.
Noutro campo, o meu camarada Pedro Dias de Almeida, num excelente texto, vai um pouco mais longe e enquadra esta vitória nos ciclos de alegria e depressão que costumam assolar a sociedade portuguesa. A ler!
Especial Benfica tetracampeão
Mas esta semana ficou também marcada pelo Benfica e a conquista do seu tetracampeonato – feito inédito no clube. Como fizemos nos anos anteriores, lançámos uma edição especial para as bancas dedicada a essa vitória (que, mais uma vez, transformou o Marquês de Pombal numa lusitana Praça Vermelha… sem outras conotações que não sejam as da cor, claro). É uma revista que oferece o poster oficial dos tetracampeões, licenciado pelo Benfica, além do retrato completo deste título e da história do clube: os bastidores da festa, a entrevista a António Simões sobre como é “ganhar à Benfica” e os nomes que mais títulos conquistaram para o clube. Procure-a numa banca perto de si ou encomende na Loja Impresa (www.lojaimpresa.pt ou pelo telefone 21 469 8801).
Enquanto o Papa dormia
Na revista semanal de linha também temos, naturalmente, a cobertura do outro F que marcou o último fim de semana. A equipa composta por Rosa Ruela e Vânia Maia (texto) e Lucília Monteiro e José Carlos Carvalho (fotos) esteve no Santuário de Fátima a acompanhar o que se passou no recinto durante a madrugada. E a reportagem que fizeram é daquelas que vale a pena ler e… ver. Bem como os vídeos que o André Moreira foi fazendo quase em direto, mas que ficam como um testemunho indispensável de um dia inesquecível para milhares de pessoas.
Trump fora de horas
O Presidente dos Estados Unidos da América está todos os dias presente nas notícias. E, também todos os dias, escrevem-se milhões de palavras sobre ele em todo o mundo. Mas sabe exatamente como ele é, vive e trabalha? Nesta edição damos algumas pistas sobre isso, graças a um exclusivo da revista Time que nos orgulhamos de representar em Portugal: numa conversa com os jornalistas da Time, Donald Trump diz que já não liga ao que os jornais e as televisões dizem a seu respeito. Pelo meio quis mostrar onde come, dorme e trabalha. E isso é revelador de muita coisa, garanto.
O importante (já não) é a rosa
Os partidos sociais-democratas estão a desaparecer da Europa e os de raiz democrata-cristã também não se estão a sentir nada bem. O nosso país é a exceção, já estudada em Harvard. O que está a extinguir os socialistas europeus e porque é que Portugal resiste ainda e sempre ao invasor? As perguntas são respondidas num trabalho assinado por Inês Rapazote, Filipe Fialho e Filipe Luís.
Porque é que eles comem tudo e não engordam nada?
Por que razão há pessoas com um metabolismo de excelência e outras que precisam de mais esforço para queimar a energia que nos chega dos alimentos? Os motivos podem ser muitos, mas há algumas formas de lhes dar a volta, garante a Luísa Oliveira, num texto que ganhou ainda mais atualidade com a publicação do estudo que diz que os jovens portugueses estão entre os mais obesos da Europa.
Agarre o gelado… antes que ele derreta
Na VISÃO Se7e, que agora integra o corpo principal da revista, encontrará, como é costume, muitas sugestões para os seus tempos livres: restaurantes, lojas, hotéis, séries de televisão, livros e os espetáculos mais importantes da semana. O tema de capa desta edição é uma gulodice – um roteiro com as geladarias artesanais mais recentes, como esta aqui, acabada de inaugurar perto do jardim da Cordoaria, no Porto.
Últimos dias para ver as melhores fotos do mundo
Nesta revista, tem ainda um vale especial para – na compra de um bilhete – receber uma entrada para ver a exposição da World Press Photo, patente ao público no Museu de Etnologia, em Lisboa. Uma oferta que vale mesmo a pena.
A AnteVISÃO fica por aqui. A revista está já a chegar aos nossos mais de 37 mil assinantes e amanhã estará nas bancas com muitos outros temas, artigos e assuntos que merecem ser lidos e vistos. Além disso, pode sempre acompanhar-nos em www.visao.pt.
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