Boa-tarde,
Fechámos a edição ontem à noite e, hoje, quarta-feira, a nova VISÃO já está a chegar aos nossos estimados assinantes. Estará nas bancas amanhã, o tema que faz a capa desta semana, no qual publicamos uma entrevista com Lorenzo de Medici, a quem, por não ter filhos, costumam chamar “o último descendente” daquela que já foi a família mais rica e poderosa do mundo. “Não é todos os dias que se fala com alguém cujo apelido se confunde com o Renascimento e tornou possível obras maestras assinadas por Sandro Botticelli, Miguel Ângelo, Donatello, Brunelleschi ou Maquiavel”, escreve o Filipe Fialho, editor da secção Mundo da VISÃO, logo a abrir. Nascido há 67 anos em Milão, Lorenzo de Medici viveu em Espanha durante 20 anos, mas estabeleceu-se recentemente na vila de Azeitão, perto de Lisboa. Na longa conversa que manteve connosco, assume-se como um “príncipe republicano” e fala da sua infância, da sua família, do seu trabalho enquanto escritor. Sobre Portugal, afirma: “Vocês, portugueses, não sabem a sorte que têm por viver num País como este.”
Noutro dos artigos principais desta edição, intitulado O super-herói da alturas, a jornalista Sónia Calheiros traça o perfil de Alex Honnold, o alpinista que escalou o El Capitan, no Parque Natural de Yosemite, na Califórnia, sem qualquer proteção. A sua história é relatada no filme Free Solo, vencedor do Oscar de Melhor Documentário, que em Portugal, passará, em breve, no canal de televisão National Geographic. As fotografias do artigo são de arrepiar; a história, essa, é sobre a força do treino, da disciplina e da determinação. E também sobre a morte, sempre à espreita. “Tenho medo de morrer, tal como qualquer outra pessoa”, diz Honnold.
Numa altura em que os laços familiares no Governo de António Costa continuam a ser tema de discussão, o editor-executivo Filipe Luís recorda também as dinastias que, no último século, atravessam a história de muitas repúblicas insuspeitas. Dos Kennedy aos Bush, dos Bhutto aos Nehru-Gandhi, dos Soares aos Rebelo de Sousa, um artigo de memória para ler, recordar e refletir: trata-se, afinal, de uma questão de endogamia ou de mérito? A doutrina dividir-se-á para sempre, conclui o Filipe.
Porto no guia VISÃO Imobiliário
Esta semana, no guia mensal VISÃO Imobiliário, que lançámos em janeiro, é o Porto que está no centro das atenções. Revela-nos a jornalista Marisa Antunes que, nos próximos dois anos, vão surgir projetos nas áreas de turismo, escritórios e habitação, alguns acima dos 100 milhões de euros. A reportagem dá conta de tudo o que está a acontecer na cidade que, por três vezes, já foi considerada o melhor destino europeu pelo World Travel Awards. No guia dedicado ao imobiliário, publicamos ainda uma entrevista a Helena Roseta, presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, sobre a Lei de Bases da Habitação, atualmente em discussão nos bastidores parlamentares.
Na secção Vagar, o editor Pedro Dias de Almeida escreve sobre o homem que divide opiniões, que desperta ódios e deslumbramentos, mas que, quer queiramos quer não, é um dos favoritos a representar Portugal no Festival da Eurovisão de 2019, em Telavive. Falamos de Conan Osiris, pois claro. Como mandam as boas regras da profissão de jornalista, ouvimos as partes, as vozes contra e as vozes a favor, de maneira a, como diz o Pedro Dias de Almeida, situar este fenómeno na música popular portuguesa. Por fim, na VISÃO Se7e, a Joana Loureiro e a Lucília Monteiro seguiram o rasto de Amadeo de Souza-Cardoso e foram em reportagem até Amarante, onde descobriram uma cidade com muita arte, bonitas vistas para o Tâmega, boa comida e bons vinhos. Espreite estes foguetes, estas lérias e estes papos de anjo – e está tudo dito, é fazer-se à estrada.
E ainda…
Rui Tavares Guedes escreve sobre a violência doméstica em Portugal: “Penalizar os agressores e defender as vítimas tem de ser a função da Justiça. Se não o faz, precisa de ser vigiada.”
Adolfo Mesquita Nunes comenta o caso Smollett: “Não podemos criar leis que de alguma forma possam ser instrumentalizadas, tergiversadas, dando ao denunciante um poder quase definitivo. E apontar para esse perigo não pode equivaler, de forma alguma, a uma espécie de desinteresse pelo sofrimento das vítimas”.
Pedro Norton confessa-se um liberal: “Não consigo ter um respeito semirreligioso pela tradição nem pela autoridade. Acredito mais no indivíduo do que na sociedade.”
Miguel Araújo sobre acentuação, entre muitas outras coisas: “Não sobrará til ou cedilha ou acento para trás ou para a frente. O mundo lima as arestas todas e eu sonho com esse dia.”
Ricardo Araújo Pereira, na Boca do Inferno, discorre sobre intoxicações: “Só há uma coisa pior do que pecar: é pecar mal. A partir do momento em que se estabelece que o pecado vai ser cometido, então é para pecar a sério. Para transgressõezinhas, não me convidem. Ou é ou não é.”
Desejo-lhe boas leituras. Visite-nos no site da VISÃO e conheça aqui a nossa nova campanha de assinaturas: “Quem não tropeça em si mesmo nesta vida?” e mais não digo. Bom resto de semana e, se for o caso, boas miniférias de Carnaval.