Istambul, 11 nov (Lusa) – Representantes de países que pescam atum, organizações internacionais e ONG ambientalistas começaram hoje em Istambul uma reunião de nove dias, em que tentarão chegar a entendimento sobre reforço de medidas de controlo de capturas e proteção de espécies ameaçadas.
A Comissão Internacional para a Conservação dos Tunídeos do Atlântico (CICTA) já reduziu as quotas de pesca do Atum-Rabilho do Atlântico (Thunnus thynnus) – espécie ameaçada e a mais valiosa comercialmente – para 12.900 toneladas em 2011 e 2012, contra as 13.500 toneladas autorizadas em 2010, mas organizações ambientalistas têm denunciado fraudes em larga escala, devido à falta de mecanismos de controlo das capturas.
A incapacidade da CICTA de regular na prática as capturas das espécies mais valiosas de atum já resultou na comissão ser conhecida entre as organizações de defesa do meio marinho como a “Conspiração Internacional para a Captura de Todos os Atuns”, designação condenatória cunhada pelo naturalista Carl Safina, fundador da organização Blue Ocean Institute.