O arrendamento tradicional e o short-term rental diferem em dois pontos essenciais: a legislação que lhes é aplicada e o perfil de cliente. Em relação ao enquadramento legislativo, o arrendamento tradicional consiste no arrendamento de um imóvel por períodos de tempo alargado, dependo a sua duração do acordo estabelecido entre o senhorio e o inquilino. Além das diferenças legislativas, o perfil de arrendatário é também distinto. O short-term rental está direcionado sobretudo a turistas que procuram passar um período curto num determinado imóvel, enquanto o arrendamento de longa duração destina-se sobretudo à população residente. “Em ambos os segmentos, a grande explosão ocorreu com a alteração legislativa feita pelo anterior Governo. O descongelamento das rendas, em 2012, e a consequente abertura a um mercado mais liberalizado, proporcionou a criação de oportunidades no país. Esta iniciativa de alteração legislativa com o NRAU levou a que se reabilitasse Lisboa, Porto e outras cidades do país de uma forma nunca vista. Passámos de seis milhões de turistas por anos para 27 milhões, o que permitiu alargar a dinâmica e a relevância económica deste setor”, explica Francisco Mendes-Palma, Managing Partner na Quintela e Penalva. O short-term rental levou a que se iniciasse um processo idêntico a outras cidades europeias.
“No entanto, parte deste novo dinamismo de mercado, perdeu-se com a recente alteração legislativa. No short-term rental, o atual Governo alargou as zonas de contenção, o que impossibilita que seja o mercado a fazer a sua seleção. Esta situação, a nosso ver, acaba por castrar esta atividade e a retirar-lhe dinamismo e potencial de expansão. Há ainda a questão dos inquilinos com mais de 65 anos e que não podem ser despejados pelos proprietários, o que acaba por criar instabilidade ao nível do investimento, tanto nacional como estrangeiro. Esta legislação vai levar a que nenhum senhorio arrende um imóvel a um inquilino que se aproxime dos 65 anos, não querendo correr riscos presentes e, muito menos, futuros”, continua o especialista.
Para ajudar os seus clientes a enfrentarem estes desafios, a Quintela e Penalva criou este ano um Departamento de Arrendamentos que oferece um serviço profissional e especializado no segmento do mercado de arrendamento de longa duração e destina-se a apoiar os proprietários a melhor colocarem os seus imóveis em mercado, tirando deles a melhor rentabilidade.
