A sustentabilidade do planeta começa a voltar às agendas do mundo, agora que a pandemia começa a dar mostras de algum controlo. Em Londres arrancou ontem a “London Design Biennale 2021” que vai reunir até ao dia 27 de junho alguns dos mais imaginativos curadores, designers e artistas do mundo que procurarão responder através das suas propostas ao tema Resonance (Ressonância).
A partir neste evento está a Corticeira Amorim, o maior grupo de transformação de cortiça do mundo, como Material Partner oficial da iniciativa Forest for Change – The Global Goals Pavilion da London Design Biennale 2021. O pavilhão, concebido pela designer britânica Es Devlin OBE (e dinamizado pela agência sem fins lucrativos Project Everyone), incluirá um núcleo central totalmente construído em cortiça fornecida pela empresa portuguesa. Este espaço reveste-se de maior importância por acolher uma instalação interativa onde os visitantes poderão conhecer os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Um plano global que ambiciona erradicar a pobreza, mitigar as desigualdades e combater as alterações climáticas.
Contrastando com as ruas barulhentas e poluídas à volta da Somerset House, pretende-se que este Forest for Change seja um oásis de tranquilidade e por isso, pela mão do paisagista Philip Jaffa of Scape, o pavilhão contará com um total de 400 árvores. Proibidas de entrar no pátio do palácio londrino aquando da sua construção no século XVIII, a presença massiva das árvores nesta instalação é uma clara alusão à natureza ambiciosa dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Como explica Jack Headford, Associate Designer do Es Devlin Studio o objetivo de “introduzir uma jovem floresta na Somerset House é como uma provocação e para inspirar e manter a onda de ambientalismo, mostrando aos visitantes a possibilidade do que poderia ser.”
O coração da floresta revelará uma infraestrutura composta por 17 pilares espelhados que representam cada um dos ODS. Os pilares demonstrarão através de citações, relatos e factos as razões pelas quais os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são a lista de tarefas do mundo. A jornada termina – no 17º pilar que representa as Parcerias para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – com os visitantes a serem convidados a gravarem um curto testemunho expressando as mudanças que gostariam de ver concretizadas no âmbito do seu Objetivo predileto.
Sobre a escolha da cortiça, referiu ainda Jack Headford, em comunicado: “Durante o desenvolvimento do projeto, tornou-se óbvio que precisávamos trabalhar com materiais que transmitissem empatia e robustez dentro da floresta. A cortiça parecia a escolha óbvia com os seus tons de madeira e textura suave, juntamente com a sua natureza sustentável inerente, sendo um material renovável e biodegradável. A cortiça proporcionou também uma opção de pavimentação segura e resistente que combina bem com o solo da floresta, permitindo que os visitantes serpenteiem livremente entre as árvores.”
E, assim, surgiu a parceria com a Corticeira Amorim, para o apoio técnico e fornecimento das soluções em cortiça, que é uma matéria-prima 100% natural, ecológica, renovável, reciclável e reutilizável, em alinhamento com o ambiente e o impacto positivo na sociedade, preconizados pelos objetivos da ONU.
“A circularidade dos processos, o incremento da sustentabilidade dos materiais e a redução das emissões de CO2, dos resíduos e da poluição são objetivos e compromissos da empresa”,como destaca Cristina Rios de Amorim. “A transição acelerada para uma bioeconomia circular, baseada na melhoria da eficiência do uso da cortiça ao longo do processo produtivo, e isto apesar dos notáveis 100% de aproveitamento do material, é fulcral no sucesso futuro da Corticeira Amorim”, sublinha a administradora do grupo, lembrando que a presença da Corticeira Amorim é mais uma oportunidade de promover junto de um público especializado os benefícios da cortiça “na construção de um mundo social, cultural e ambientalmente equitativo”. Uma ideia corroborada pelo cofundador e Diretor Executivo da London Design Biennale, Ben Evans, que lembra que o mundo está num ponto de viragem. “É cada vez mais difícil fazer algo que não seja sustentável”, rematou ainda.