A falta dos turistas que suportavam o mercado de alojamento local continua a impactar as dinâmicas do arrendamento, principalmente em Lisboa e no Porto. Uma boa parte destes apartamentos turísticos transitaram para o arrendamento de longo curso, reforçando a oferta de imóveis e fazendo baixar os preços praticados nas rendas. Dados do Imovirtual mostram que em Portugal, o preço médio dos imóveis anunciados nesta plataforma para o segmento de arrendamento diminuiu 0,6%, passando de 1.000€ em Fevereiro para 994€ em março, uma descida da média total que está muito alicerçada nas reduções verificadas nas duas principais cidades do país (ver gráfico).
Quando a análise assenta numa comparação homóloga, ou seja, comparando a média de preços de arrendamento em março de 2021 (994€) e março 2020 (1.164€), a queda é ainda mais expressiva situando-se em -14,6%.
Os distritos que registaram a maior quebra percentual foram assim o Porto com -19,1% (de 1.091€ para 882€), Lisboa com -15,8% (de 1.487€ para 1.252€) e Aveiro com -14% (de 725€ para 623€).
Viseu registou o maior aumento percentual de 17,6% no preço médio anunciado, passando a renda média mensal de 429€ para 504€ em março de 2021. Guarda apresenta também um aumento percentual de 16,8% e Beja de 13,7 por cento.
“Os maiores distritos portugueses são os que mais se ressentem em termos do valor do arrendamento desde o surgimento da Covid-19. As quebras no Turismo tiveram um impacto tremendo em toda a economia destas grandes cidades e o imobiliário não foi exceção. Mas a procura no nosso Portal continua a aumentar de mês para mês e este é um bom indicador para todo o setor”, sublinhou Ricardo Feferbaum, diretor-geral do Imovirtual.