
As badaladas do sino da igreja marcam a passagem das horas, mas Rita Fazenda, 41 anos, já nem dá conta de o tempo passar. Editora no Grupo Leya, Rita queria sair da confusão do centro de Lisboa, mas sem ficar totalmente isolada, mantendo uma rede de amigos na vizinhança. Uma resolução tomada na passagem de ano de 2019. “Sentia-me presa, a viver numa caixa de sapatos, com pouco espaço e sem zonas verdes por perto”, diz. Alentejana do Redondo, assim que pôde, aos 17 anos, mudou-se para a capital. “Sempre sonhei com uma vida citadina. Mas, agora, percebi que posso fazer o mesmo sem ter de viver numa grande cidade.”
À beira da Estrada Municipal 549, a sua casa é a única com vedação de madeira. Rita Fazenda trocou um T2 arrendado, com uma boa cozinha mas quartos esconsos, num prédio antigo de Campolide, por uma casa térrea com zona exterior, divididas por 200 m2, no Zambujal, aldeia a cinco minutos de Mafra e da Ericeira. Em Lisboa, apesar de ter por perto farmácia, café, centro comercial ou supermercado – o que lhe permitia fazer uma vida de bairro a pé –, como trabalhava em Alfragide, era obrigada a andar de carro.
Depois de terminar o contrato de arrendamento (que já rondava os 700 euros mensais) e vender uma casa própria no Parque das Nações, pôs-se a pesquisar, primeiro em Palmela, onde tinha amigos, virando-se depois para a região saloia de Mafra, onde mora uma grande amiga. “Não queria um apartamento, só uma casa com área exterior e um quarto para hóspedes. Nada novo, mas simples”, elenca. “Foi um negócio justo feito pelo valor da avaliação.”
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