A vontade de comprar uma nova casa pressupõe, uma boa parte das vezes, a venda do imóvel de que se é ainda proprietário, um dinheiro que será depois fundamental para a futura habitação. Este processo não precisa ser complexo, segundo a agência imobiliária digital Housefy.
A primeira regra “é não realizar a compra do novo imóvel até que o Contrato de Promessa Compra e Venda do atual esteja assinado. Caso a ordem seja a inversa, poderá resultar no pagamento de duas prestações até que apareça um comprador”, aconselha a empresa, que opera em Espanha, Itália e Portugal, sendo já uma das cinco agências que mais vendem em Espanha, com uma média de 6 transações por dia.
Tendo em conta que esta primeira fase poderá ser demorada e levar a decisões impulsivas, é pertinente a elaboração de uma lista com todas as etapas e documentação, de forma a facilitar a organização e o foco ao longo de todo o processo. Esta deverá abranger os seguintes pontos: mudança, impostos e documentação necessária à venda de uma casa, impostos e documentação necessária à compra de uma casa, despesas da hipoteca, a possível compra de novo mobiliário e possíveis gastos em obras/reparações.
Dado que o tempo irá ditar todo o processo, também é importante salvaguardar o mesmo, principalmente se a venda ocorrer antes da compra. Neste sentido, diz a Housefy, “é recomendável fazer um acordo de 6 meses com o comprador entre a venda e a entrega definitiva da chave”.
O cenário ideal e mais fácil será para quem já tiver a atual casa paga, visto que apenas terá de realizar uma nova hipoteca para a mais recente. Porém, uma vez que por norma os empréstimos são de 30/40 anos, a situação normal será que ainda existam prestações por liquidar.
Neste caso existem várias opções a ter em conta: a primeira passa pelo cancelamento da hipoteca atual, o que Implica pagar a totalidade do remanescente do empréstimo e a respetiva comissão de cancelamento. A outra opção passa pela sub-rogação da hipoteca: a dívida passa para o novo proprietário, que substitui o credor na titularidade. A última das opções assenta na chamada “Hipoteca Ponte” onde é feita a junção da hipoteca da casa por vender e da nova, até que a primeira seja vendida. Esta opção ainda não é prática comum em Portugal, mas já se encontra disponível em bancos estrangeiros que operam no país. A mesma foi pensada precisamente para os casos de quem quer vender e comprar ao mesmo tempo.