A Avenida Almirante Reis, em particular o eixo Praça do Martim Moniz, Rua da Palma e Intendente, é a grande zona emergente da capital, levando um trabalho da Cushman&Wakefield a referir-se mesmo a este bairro como a “next big thing” na cidade de Lisboa.
“A oferta de conceitos alternativos e inovadores com forte componente étnica irá caracterizar as diferentes atividades económicas, culturais e de lazer, proporcionando uma nova experiência “bairrista” e trazendo mais-valias futuras para a cidade, os seus habitantes e visitantes”, refere-se na análise “Lisboa What’s Next” do grupo de estudo “City Thinkers” da Cushman & Wakefield, que tem por objetivo pensar a cidade numa ótica de desenvolvimento sustentável a nível social, comercial e de investimento, tendo por base ocorrências atuais e tendências futuras.
O grupo de trabalho da Cushman & Wakefield revela que existe atualmente “um claro movimento positivo e renovador deste eixo”, bem patente na recuperação da Praça do Intendente com uma dinâmica de lazer e artística própria, nos conceitos de hotelaria não-padronizados e hostels desenvolvidos recentemente ou previstos para esta área, ou ainda na inevitável alteração do skyline, tendo em conta a eventual verticalização de projetos futuros como forma de crescimento orgânico.
De acordo com os “City Thinkers”, são vários os exemplos de sucesso de “bairros étnicos” em cidades de todo o mundo, onde o turismo desempenha um papel fundamental na atividade económica e que podem ser extrapolados para o caso português. Estes bairros apresentam-se como âncoras de atividade económica e destinos atrativos nas visitas a essas metrópoles.
Alguns dos exemplos apontados encontram-se em Singapura, São Francisco, Londres, Sydney, Nova York, Manila, Melbourne, Vancouver, Georgetown ou Lima, onde se fixaram comunidades de origem chinesa, que entretanto desenvolveram bairros inteiros em torno desta cultura, conhecidos por Chinatowns. normalmente locais que acabam por se consolidar como atrações turísticas destas cidades cosmopolitas.
Para Ricardo Reis, partner na Cushman & Wakefield e coordenador do grupo “City Thinkers, a Avenida Almirante Reis tem potencial para se posicionar no contexto económico e social como um “destino consolidado por natureza e vontade própria”.