A zona 1 (Prime CBD – eixo Avenida da Liberdade, Saldanha) e a zona 6 (Corredor Oeste – parques empresariais no eixo A5 Lisboa/Cascais) foram aquelas que registaram a maior procura por parte das empresas para instalar os seus escritórios.
O estudo “Migração de Empresas” – Mercado de Escritórios de Lisboa 2017/18 analisou um total de 479 operações – 250 em 2017 e 229 em 2018 – para perceber o movimento migratório das empresas localizadas em Lisboa, assim como as principais razões que estiveram na base da decisão de arrendar ou comprar escritórios por motivos de relocalização, expansão ou início de atividade.
Desta análise concluiu-se que 19% (43 operações) das empresas inquiridas abriram o seu primeiro escritório em Lisboa em 2018, com a zona 1 (Prime CBD) e a zona 6 (Corredor Oeste) a liderar a lista de zonas seleccionadas.
Para além disso, as empresas instaladas nestas duas zonas registaram também os maiores volumes de absorção em 2018., com a Zona 6 (Corredor Oeste) a conseguir a maior taxa de retenção (37%) de empresas, comparando com outras áreas de mercado, é realçado no estudo.
Por atividade, os serviços financeiros e os tecnológicos ( TMT’s & Utilities) foram os que mais se destacaram com 56% das novas empresas a pertencer a estes segmentos.
Em 2018, de acordo com as empresas inquiridas, os principais motivos de procura foram a necessidade de expansão geográfica, início de atividade na região de Lisboa e reestruturação interna, sendo este último fator o que registou maior crescimento, em comparação com 2017 (+175%). O motivo de otimização de custos é aquele que apresenta menos expressão, tendo registado um decréscimo de 42%.
“Devido à crise financeira que atingiu Portugal entre 2010 e 2014, grande parte das empresas colocaram “em espera” as suas estratégias de expansão, adotando uma postura bastante conservadora e prudente com efeitos que se refletiram intensamente na performance do mercado de escritórios de Lisboa. O recente aumento de confiança da classe empresarial na recuperação económica nacional foi fundamental para estimular a procura no mercado de escritórios da capital”, sublinhou Alexandra Portugal Gomes, especialista do departamento de pesquisa da Savills.