A desvalorização da Tesla por (quase) todas os fabricantes tradicionais vai ficar para a história. Nem os exemplos relativamente recentes da Nokia e da Kodak, tantas vezes referidos em aulas de gestão, parecem ter sido suficientes para ‘acordar’ muitos CEO da indústria, habituados à forma tradicional de desenvolver, produzir e comercializar automóveis.
Não é necessário cometer a indelicadeza de mencionar nomes, mas os dedos das mãos não chegam para contar as vezes em que, em apresentações à imprensa de novos carros em que estive presente, a Tesla foi motivo de chacota. “O Model 3 nem vai ser lançado, quanto mais chegar à Europa”, “Ninguém confia numa marca acabada de nascer” ou “A tecnologia não importa na escolha de um carro”. São exemplos de frases reais, que anotei, ouvidas em discussões com representantes das marcas e, verdade seja dita, colegas – sobre isto, apesar de serem menos, ainda existem destes negacionistas.