Com a recente disrupção que abalou o mundo, muitas empresas estão a aproveitar a oportunidade para reimaginar o que as torna diferentes – outras até a questionar a sua existência futura. Mas reimaginar o futuro não é algo que vem num manual. É sempre importante uma empresa ouvir o seu parceiro tecnológico, ao mesmo tempo que compreende as mudanças que o seu sector está a atravessar. Tipicamente este é um projecto conjunto, a que chamamos de co-criação.
Um dos maiores trunfos para esta renovação passa pelo tratamento eficaz dos dados que as empresas possuem. Actualmente, as organizações capturam grandes volumes de dados principalmente não estruturados – incluindo documentos de texto, arquivos de vídeo e áudio, e-mails e imagens – muitos dos quais são gerados rapidamente por várias fontes e em localizações diversas. Os analistas da Gartner prevêem que até 2022 mais de 50% dos dados gerados pelas empresas serão criados e processados fora do data center ou da cloud, aumentando para 75% até 2025. A Gartner prevê também que as empresas vão triplicar o seu volume de dados não estruturados armazenados entre 2019 e 2024.
Os dados estão no centro de cada transformação digital. Então, como podem as organizações gerir os seus dados para inovar e gerar novos negócios e oportunidades de receita? Sem uma estrutura sistemática, os dados são pouco mais do que um conjunto de informações não conectadas. O desafio é extrair valor dessa informação, passando pela otimização e integração dos dados em toda a organização e em toda a sua cadeia de valor. Uma base flexível, ágil e eficiente é essencial para que a data science e a Inteligência Artificial façam sua magia.
Parece um desafio simples em teoria mas, segundo a nossa experiência, muitas organizações terão inicialmente dificuldades em áreas como a gestão da informação em diversos locais (na empresa, na cloud ou, mais provavelmente, ambos), proteção dos dados contra perda e medidas de segurança adequadas, aplicação de IA e data science no tratamento dos dados, etc.
A importância dos dados enquanto alicerces para a transformação digital é cada vez mais compreendida pelos líderes empresariais, com os negócios orientados pelos dados a conseguirem explorar a informação a todos os níveis para alcançar vantagens estratégicas e operacionais. Num estudo recente da Fujitsu, perguntámos a empresas que avaliassem a sua própria evolução e 63% afirmaram que já tinham chegado ao fim da sua transformação orientada pelos dados, no entanto, o estudo mostrou que apenas 5% tinha realmente alcançado esse ponto. Conseguir demonstrar a diferença entre aquilo em que se acredita internamente e o que está realmente a acontecer é um primeiro passo essencial para superar alguns dos obstáculos mais difíceis que impedem a mudança, de que são exemplo a resistência cultural, a política interna e a falta de suporte a nível sénior.
Construir uma empresa orientada por dados define a direção estratégica para os próximos anos. Faz sentido escolher um parceiro que possa manter o curso. No entanto, dada a complexidade da transformação digital, nenhuma organização de TI pode ser especialista em todas as vertentes. Acreditamos que a transformação baseada em dados precisa de um ecossistema, com várias organizações especializadas colaborando de forma eficaz para reimaginar o futuro das empresas.