A Fundação Gulbenkian lançou um primeiro concurso de seleção de aplicações e plataformas digitais que podem ajudar a combater a pandemia Covid-19. A recolha de candidaturas termina a 2 de abril. A Fundação prevê apoiar, com um total de 100 mil euros, 10 projetos que sejam gratuitos e universais e que possam ser implementados antes do pico da pandemia, que as autoridades estimam que ocorra em Portugal a meados de abril.
Esta é a primeira iniciativa lançada à comunidade pela Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito da criação de Fundo de Emergência de cinco milhões de euros, que visa apoiar o desenvolvimento de ferramentas e projetos para as áreas das ciências, educação, saúde, cultura, e coesão social. Esta primeira iniciativa vai privilegiar ferramentas que disseminem mensagens fidedignas de saúde pública, facilitem os cuidados remotos e a gestão da sintomatologia, ou que façam a ligação entre procura e oferta de equipamentos e recursos.
«Vamos apoiar soluções que já estão em funcionamento e outras que mostrem que podem entrar em produção antes do pico da pandemia”, explica Pedro Cunha, diretor do Programa Gulbenkian Conhecimento.
Entre segunda-feira e quinta-feira, Gulbenkian recebeu 235 pedidos de apoio para projetos de diferentes áreas, sendo que desse total há mais de uma dezena relacionada com a área digital. Pedro Cunha acredita que o número de pedidos de apoio vai continuar a aumentar – e reitera a confiança na boa-fé de quem se apresenta a concurso. “Numa fase de emergência como aquela em que nos encontramos, a única agenda que pode existir é a da colaboração. E nenhuma das propostas que recebemos tem fins lucrativos”, responde o responsável da Fundação.
Como forma de promover a aceleração de respostas à situação causada pelo coronavírus, a Fundação Gulbenkian vai financiar até 10 soluções digitais de implementação rápida – plataformas eletrónicas ou aplicações – que promovam a saúde pública e a mitigação dos efeitos da pandemia em Portugal.