O Conselho Europeu determinou sanções económicas contra a China, a Rússia e a Coreia do Norte por terem organizado e levado a cabo ciberataques contra cidadãos e entidades europeias. As sanções incluem congelamento de bens, proibição de viajar e impedem ainda que pessoas e empresas da UE façam negócios com alguns congéneres desses países.
A China é acusada de ter conduzido a Operação Cloud Hopper, em que se provaram várias intrusões informáticas em sistemas de fornecedores de serviço na cloud. A Coreia do Norte é responsabilizada pelo WannaCry, um ransomware criado por hackers ligados ao governo coreano para roubar dinheiro para o regime, mas que depois acabou por sair do seu controlo. A Rússia é considerada culpada de dois ataques: uma investida contra a Organização para a Proibição de Armas Químicas na Holanda, numa altura em que o governo dos Países Baixos estava a investigar a participação da Rússia na queda do avião MH17 da Malasya Airlines, abatido por um míssil russo; e pelo NotPetya, um ransomware criado por militares russos destinado à Ucrânia, mas que acabou por espalhar-se pelo globo.
A União Europeia proíbe negócios com dois cidadãos chineses e quatro russos, além de incluir também uma empresa de cada um destes países na lista de proibições, noticia a publicação ZDNet.
Esta medida é inédita e surge num contexto em que os EUA fizeram bastante pressão para que a Europa agisse desta forma, depois de o próprio governo americano também o ter feito. A Alemanha também pediu este tipo de atuação contra a Rússia, acusando o país de estar por trás do ataque informático ao Bundestag, o Parlamento alemão, em 2014.