Primeiro surgiu o anúncio online de recrutamento da SpaceX: “Trabalha como parte de uma equipa de engenheiros e técnicos no desenho e construção de uma instalação operacional de lançamento de foguetões em alto mar”. Não tardou muito até que fosse o próprio diretor executivo da empresa a confirmar: a SpaceX está mesmo a planear a construção de aeroportos ao largo da costa para voos hipersónicos na Terra, mas também para fora do planeta.
“A SpaceX está a construir portos espaciais superpesados e flutuantes para viagens a Marte, à Lua e hipersónicas à volta da Terra”, escreveu Elon Musk, na rede social Twitter. Apesar de a SpaceX já ter mostrado este ideia em imagens conceptuais, esta é a primeira vez que a tecnológica assume a vontade de construir bases de lançamento em pleno oceano.
Perante os problemas de logística que este conceito levanta – como transportar os passageiros até ao alto mar, por exemplo –, Elon Musk deu mais tarde a entender, após sugestão de um utilizador do Twitter, que a ideia passa por reaproveitar a estrutura já existente de plataformas petrolíferas como ‘estações’ de transporte de passageiros para os comboios de alta velocidade Hyperloop.
Já sobre os voos hipersónicos no planeta Terra, usando tecnologias aeroespaciais para transportar pessoas de forma rápida entre localizações distantes, Elon Musk diz que serão necessários “muitos voos de teste” antes dos primeiros voos comerciais acontecerem. Quanto aos testes, só deverão começar dentro de dois a três anos, atirou o empreendedor e multimilionário de origem sul-africana.
Depois de ter transportado com sucesso dois astronautas para a Estação Espacial Internacional, tornando-se na primeira empresa privada a fazê-lo, a SpaceX já afirmou publicamente que a prioridade da empresa passa agora por fazer voar a nave espacial Starship, aquela que um dia será usada para transportar humanos para Marte. A empresa tem ainda planos para levar quatro turistas ao Espaço já em 2021.