Em tempos de contingência e quarentena, o teletrabalho perfila-se como a alternativa mais ágil para manter a produtividade a partir de casa. Mas essa decisão também cria novos desafios no que toca à cibersegurança de profissionais e empresas. E foi esse o motivo que levou Paulo Rosado, profissional da consultora EY, a desenhar, a título pessoal e na lógica “pro bono”, um guia resumido para ajudar empresas e profissionais a evitar campanhas de phishing, contágio de vírus informáticos e tentativas de burla que tentam explorar o facto de muitos profissionais terem passado a trabalhar em novos cenários tecnológicos, a partir de casa.
“Muitas pessoas foram trabalhar para casa e, em vez dos equipamentos providenciados, passaram a usar os seus equipamentos pessoais, que podem ter sistemas operativos e antivírus desatualizados. Há muitos processos que são implementados dentro das empresas que não são acautelados quando as pessoas passam a trabalhar em teletrabalho, a partir de casa”, explica Paulo Rosado.
O guia que começou a ser disponibilizado através do LinkedIn compila algumas das melhores práticas e requisitos legais em vigor em Portugal.
O especialista em proteção de dados e cibersegurança decidiu avançar com o desenvolvimento deste guia depois de ver alguns colegas a disponibilizarem-se para prestar serviços de cibersegurança a título gratuito e uma ou outra notícia mais alarmante.
“Soube de alguns casos de organizações que ficaram infetadas logo depois de terem mandado profissionais para casa, para trabalharem em regime de teletrabalho”, refere Paulo Rosado.
Ligações cifradas, atualizações de aplicações e sistemas operativos, segregação de redes, autenticação por multifator figuram entre as melhores práticas elencadas neste guia de boas práticas do teletrabalho.