Kim LaGrue, responsável pela área tecnológica na cidade de Nova Orleães, explica que a atividade suspeita começou pelas cinco da manhã de sexta-feira e que houve um aumento nas três horas seguintes, incluindo evidências de ataques de phishing e de ransomware. Assim que houve provas de que os ataques estavam a acontecer, tomou-se a decisão de desligar servidores e computadores de serviços públicos. Apesar de haver evidências de ransomware, ainda não há qualquer exigência ou pedido por parte dos hackers, pelo que as autoridades se mantêm em sobreaviso.
Os governos e autoridades locais dos EUA estão particularmente vulneráveis a este tipo de ataques, uma vez que muitas vezes não têm fundos, nem pessoal para manter a proteção dos sistemas, escreve a publicação TechCrunch. No caso de Nova Orleães, a cidade estaria já preparada, tendo havido várias formações sobre como operar sem acesso à Internet e sessões de boas práticas que evitar que as credenciais de funcionários caíssem nas mãos de piratas informáticos.
«Se há algo positivo sobre sermos uma cidade que foi alvo de catástrofes e essencialmente arrasada no passado, é que os planos e atividades, de uma perspetiva de segurança pública, podem ser operados sem internet e sem ligação à rede da cidade», explica Collin Arnold, diretor de Segurança Internet citado pelo TechCrunch. A polícia, os bombeiros e as equipas médicas locais estão a trabalhar sem acesso à Internet e mantêm as comunicações de emergência à parte dos incidentes de segurança. As câmaras de segurança das autoridades também funcionam fora da rede e estão todas em funcionamento.
Ainda não há qualquer indicação de quando é que os organismos públicos vão deixar de trabalhar com papel e caneta e retomar os sistemas online.