Rui Pinto, hacker confesso que está na origem das revelações conhecidas como Football Leaks, poderá estar na mira da PJ por suspeitas de intrusão nas comunicações eletrónicas de governantes portugueses.
Segundo o JN, está em causa a violação de correspondência eletrónica de ministros e secretários de estado entre 2016 e 2017. A PJ terá começado a analisar as potenciais ligações aos ataques levados a cabo contra as comunicações governamentais depois de confirmar que o método utilizado era similar ao que, alegadamente, terá permitido obter dados do fundo de investimento em jogadores de futebol que dá pelo nome de Doyen.
Terá sido o ataque aos servidores do fundo de investimento que deu origem às revelações do Football Leaks e que levaram as autoridades nacionais a lançar um mandado de captura europeu e, mais tarde um pedido de extradição, ao estado de húngaro. Rui Pinto é acusado de ter procedido a práticas de extorsão contra a Doyen.
Atualmente, Rui Pinto encontra-se em prisão domiciliária, a aguardar o desfecho do pedido de extradição. O hacker é acusado pelo Benfica de ter estado na origem da divulgação dos e-mails que mais tarde viriam a circular na Internet – e que haveriam de ser aproveitados em programas do Porto Canal.