A Crimson Hexagon descreve-se como sendo uma empresa que oferece «perspetivas sobre os consumidores» e tem acordos com agências governamentais em todo o mundo. O Facebook desconfia de que esta empresa esteja a obter dados, através da rede social, ilicitamente. A Crimson tem como clientes organizações sem fins lucrativos com ligações ao Kremlin e várias agências governamentais dos EUA.
«Não permitimos que os programadores construam ferramentas de vigilância usando informações do Facebook ou do Instagram. Levamos estas alegações muito a sério e suspendemos estas apps enquanto investigamos», confirmou fonte oficial da empresa de Zuckerberg à BBC.
Além de agências oficiais, também Adidas, Samsung e BBC estão entre os clientes da Crimson que alega ter conjuntos de dados que incluem mais de um bilião de posts do Facebook, Twitter, Instagram e outros e conseguir analisar mais de 160 milhões de fotografias publicadas diariamente.
A empresa não reagiu à notícia de que estaria a ser investigada pela Facebook, mas publicou um post no seu blogue oficial na sexta-feira, assinado pelo CTO Chris Bingham, que defende que a empresa só coleciona informação publicamente disponível e a que qualquer um pode aceder. «A discussão real é sobre um papel mais alargado e sobre o uso de dados online públicos no mundo moderno», disse Bingham.
Fonte do Facebook confirmou que as duas empresas vão reunir-se nos próximos dias.