«Clara e inequivocamente agi sozinho, sem assistência de ninguém, muito menos de qualquer governo (…) Não pega… porque é claramente falso e o povo americano é mais inteligente do que o que os políticos pensam», afirmou Edward Snowden ao The New Yorker. Durante a entrevista, o ex-analista respondeu desta forma às acusações de vários políticos dos EUA de que Snowden teria recebido ajudas de Moscovo para revelar as práticas da NSA ou que era mesmo um espião ao serviço da Rússia.
Snowden recorda que passou por Hong Kong e que esteve parado 40 dias num aeroporto. Se fosse um espião russo, não teria de ter passado por estas dificuldades, explicou. O denunciante revela ainda que tinha uma mala de emergência pronta desde 2007, o que é uma prática comum para quem trabalha infiltrado sob ordens do governo, noticia o ArsTechnica.
Edward Snowden diz ainda que, durante os nove meses que passaram desde as suas revelações, ainda ninguém provocou qualquer dano na segurança nacional, nem mostrou qualquer intenção de o fazer.
«O Presidente [Obama] admitiu que as alterações [às práticas da NSA] eram necessárias e que tem a certeza de que o debate que as minhas ações desencadearam vai servir para nos tornar mais fortes», afirmou Snowden. «Se acabar desgraçado numa valeta, mas tiver ajudado o país, terá valido a pena».