A inovadora embalagem destaca-se pela etiqueta inteligente que, ao ser acionada pelo utilizador através de um botão, liberta antioxidantes de forma duradoura e controlada, capazes de retardar a oxidação e deterioração do produto, sem comprometer a respetiva qualidade e sabor. Esta solução está a ser desenvolvida pelo CENTI, referência em I&DT, as duas entidades nacionais MOLDIT e CENTIMFE, em conjunto com quatro instituições internacionais.
“A única parte que ficará visível será um botão e um LED que permite perceber se a etiqueta está ou não ativa. O material utilizado é um polímero passível de ser utilizado neste tipo de situações”, explicam os investigadores em comunicado de imprensa. A equipa adianta que não há uma solução semelhante no mercado e que as “embalagens atuais não asseguram a estabilidade oxidativa dos produtos à base de gordura, que pode ser afetada pelas condições de transporte e/ou armazenamento mesmo dentro do período de validade. Neste caso, o que pretendemos é precisamente isso, criar uma solução tecnológica que maximize o tempo de vida útil do produto durante o prazo de validade”.
O projeto arrancou em 2019 e tem término previsto para este ano, havendo já alguns protótipos em fase de testes de caracterização para aplicação final e onde é possível observar o correto funcionamento da etiqueta inteligente.
O CENTI é responsável pelo desenvolvimento da tecnologia associada à formulação e aplicação dos antioxidantes, bem como a produção da etiqueta inteligente. Além do Centro de Nanotecnologia, colaboram neste projeto o CENTIMFE (Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos), a empresa Moldit Industries do grupo Durit, as empresas turcas Centro de P&D BELSER, SEM PLASTIK e Nanomik Biotecnologia e o Cento Bioativo – Pesquisa e Inovação.