Um algoritmo desenvolvido por uma equipa do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial (CSAIL) do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, permitiu ao robô Mini Cheetah aprender, sozinho, a adaptar o estilo de andar, de correr e a movimentar-se mais rápido que nunca, em diferentes tipologias de terreno. A solução de Inteligência Artificial (IA) acelera o processo de aprendizagem do robô, tornando-o mais capaz de se adaptar a dificuldades e imprevistos.
A capacidade de adaptação é fundamental para que os robôs consigam movimentar-se de forma mais rápida e segura, para que possam acelerar quando encontram superfícies mais estáveis e abrandar quando o terreno é mais irregular. A programação ‘à mão’ requerida para este processo de adaptação pode, no entanto, ser demorada e exigir demasiado esforço, daí que tenha sido usada IA, no sentido de acelerar o processo de aprendizagem.
Nesta abordagem, a chita robotizada aprende por si mesma quais os comportamentos e movimentos que deve modificar e em que ocasiões. Desta forma, evita-se também o método de tentativa e erro, que requereria uma atenção constante ao robô – e mais tempo – para que não se danificasse durante a aprendizagem.
Com o algoritmo, os investigadores conseguiram simular em apenas três horas o equivalente a 100 dias de ‘aventuras’ numa grande variedade de terrenos e o robô aprendeu várias técnicas novas para se ajustar ao pavimento e mover-se o mais rapidamente possível.
A Mini Cheetah não consegue propriamente identificar o tipo de terreno que lhe está a dificultar ou facilitar, mas a monitorização constante de cada passo permite-lhe adaptar os movimentos de forma a conseguir movimentar-se o mais rapidamente possível do ponto A ao ponto B, explica o Gizmodo. Durante este processo, em que o robô aprendeu também a fazer uma melhor gestão dos seus componentes internos para preservar melhor quando está a correr, a chita robotizada estabeleceu um novo ‘recorde’ pessoal de velocidade, conseguindo correr a 3,9 metros por segundo – o que já a coloca a par da velocidade média do ser humano.
Veja o vídeo com o robô em ação: