A missão Chandrayaan-3 vai ter uma sonda para alundagem e um veículo de exploração à superfície, mas nenhum aparelho a monitorizar a Lua a partir de órbita. No passado, a missão Chandrayaan-2 conseguiu colocar uma sonda em órbita que está a enviar dados científicos para Terra, mas falhou na tentativa de colocar um veículo à superfície. Nessa tentativa, os investigadores indianos pretendiam chegar ao pólo Sul da Lua, onde mais nenhuma missão tinha chegado e explorar a possibilidade de se encontrar água em crateras que não sofrem tanto com a exposição às altas temperaturas do Sul. A agência espacial indiana (ISRO) confirmou a presença de água sob a forma de gelo numa missão em 2008.
Até agora, só os EUA, a Rússia e a China conseguiram aterrar na Lua. Israel também já tentou uma missão semelhante, com a Beresheet, sem sucesso, em abril deste ano, lembra a Reuters.
Jitendra Singh, o ministro junior encarregue dos assuntos espaciais na Índia, revela que esta missão vai ser mais barata que as anteriores e que tem lançamento previsto para 2020. A ISRO revelou ainda estar com uma boa evolução no desenvolvimento de uma missão espacial tripulada, agendada para 2021, com o processo de seleção de quatro astronautas a já estar concluído. Este projeto, o Gaganyaan vai custar cerca de 1,4 mil milhões de dólares, segundo dados revelados em 2018.
A Índia quer posicionar-se como uma potência capaz de explorar o espaço com missões e satélites de baixo custo. Em 2014, por exexemplo, a missão não tripulada a Marte custou 74 milhões de dólares, menos que o filme rodado em Hollywood Gravity.
K. Sivan, presidente da ISRO, confirmou ainda que já foi iniciado o processo de aquisição de terrenos para uma segunda instalação espacial na cidade portuária de Thoothukudi.