Os dois operadores consideram este um “acordo histórico para partilha de ativos e desenvolvimento de rede móveis”. O objetivo é melhorar a capacidade das redes destes operadores em termos de desempenho e cobertura num “modelo de investimento mais sustentável”. Ou seja, NOS e Vodafone vão partilhar custos no desenvolvimento de componentes de infraestrutura.
No comunicado divulgado por estes operadores, salienta-se que esta é apenas uma partilha de base técnica: “O acordo hoje celebrado assenta no princípio de partilha de ativos de rede por parte dos operadores envolvidos, não deixando a Vodafone e a NOS de garantir e sublinhar a total independência na definição e prestação dos serviços aos seus clientes finais, mantendo sempre o controlo estratégico de cada uma das redes”. Ou seja, este acordo não significa qualquer tipo de partilha dos serviços prestados pelas duas empresas.
Os responsáveis das duas empresas salientam que a partilha de infraestruturas móveis permite investimentos mais eficientes e sustentáveis, reduzir o impacto ambiental, aumentar a coesão nacional e a inclusão digital.
O comunicado menciona que este acordo tem dois objetivos principais:
“- Nas zonas de menor densidade populacional, tipicamente rurais e no interior do país, a NOS e a Vodafone farão uma utilização comum de infraestruturas de suporte às suas redes móveis (torres, mastros, etc.) e partilharão os seus equipamentos ativos de rádio (antenas, amplificadores e demais equipamentos), sem que haja, porém, partilha de espetro. Deste modo, a NOS e a Vodafone prestarão os seus serviços com base nas tecnologias em utilização 2G, 3G e 4G de uma forma mais eficiente. A acomodação do 5G no presente acordo está dependente da decisão autónoma de cada operador de implementar ou não a tecnologia;
– Em complemento, nas zonas de maior densidade populacional, tipicamente maiores aglomerados urbanos, a NOS e a Vodafone irão explorar sinergias acrescidas na partilha de infraestrutura de suporte às redes móveis, alojando os seus equipamentos ativos nessas infraestruturas. Este movimento permitirá à NOS e a Vodafone racionalizar custos operacionais, favorecendo a prestação eficiente dos seus serviços”.