Pode começar com febre, dor de cabeça e vómitos. É comum causar irritabilidade ou prostração. Nas primeiras horas, os sintomas são pouco específicos, mas a evolução é galopante. Transmitida através do contacto direto com gotículas e secreções nasais, a meningite meningocócica é uma infeção bacteriana das meninges, as membranas que revestem o cérebro e a medula espinal. O Dr. Hugo Rodrigues, pediatra e autor do blog Pediatria para todos, frisa mesmo que “a meningite meningocócica pode evoluir de sintomas inespecíficos até à morte em apenas 24h”. O pico de incidência em Portugal “ronda os dois meses de idade”, explica. Ao longo dos primeiros dois anos, o risco ainda é elevado, depois vai decrescendo. “Mas não temos nenhuma idade em que o risco seja zero”, esclarece.
Com uma taxa de mortalidade entre os 5 e os 7% e uma probabilidade de sequelas na ordem dos 20%, a meningite meningocócica é pouco comum, mas grave. “Falamos de cerca de 40 casos por ano em Portugal. É pouco em termos absolutos, mas sendo potencialmente tão grave, é algo que nos deixa preocupados”, reforça o Dr. Hugo Rodrigues.
“O impacto da meningite vai depender muito das sequelas que persistem. Há crianças que têm complicações mais graves que põem em perigo a sua vida, como amputações ou limitações muito evidentes do ponto de vista da vida da criança. Quando as consequências são mais neurológicas, as crianças ficam com uma aprendizagem mais lenta, alterações motoras, na fala ou na audição. Estas sequelas podem ser iguais nos recém-nascidos ou nos adolescentes, depende do tempo que passa até se fazer o diagnóstico e da velocidade com que se administra a terapêutica. E depois há uma série de consequências que não conseguimos controlar, mesmo quando se age rapidamente”, reforça o Dr. Nuno Jacinto, especialista em Medicina Geral e Familiar.
Vacinar para prevenir
Com o objetivo de sensibilizar para a importância da prevenção, a farmacêutica GSK lançou o documentário “Prevenir a Meningite – Por uma vida inteira pela frente”. O projeto conta com testemunhos reais de quem viveu a meningite na primeira pessoa.
“Continua a existir algum desconhecimento sobre a real gravidade e severidade da meningite meningocócica enquanto doença que pode ser fatal em poucas horas. Este documentário procura sensibilizar pais, educadores e responsáveis por crianças e adolescentes sobre a importância da prevenção desta doença. O objetivo é termos uma população sensibilizada e consciente da importância da vacinação ao longo da vida, não apenas na infância”, explica o Dr. Eduardo de Gomensoro, Diretor Médico de Vacinas da GSK Portugal.
“Deve vacinar-se todas as crianças e adolescentes. É a única forma que temos de prevenir uma doença tão grave como esta. Se pudermos minimizar o risco que existe, é sempre a melhor opção”, acrescenta o Dr. Hugo Rodrigues.
A diretora-geral da GSK Portugal, Roxana Precu, conclui: “Vivemos tempos extraordinários e, mais do que nunca, a GSK sente a responsabilidade de sensibilizar para a importância da vacinação”.
NP-PT-MNX-WCNT-200005 - Dezembro 2020