Desconfinar e vacinar: Como e quando?
Nos primeiros tínhamos entre 230 e 330 novos casos por dia e no último, do Natal, uma média diária semanal de mais de 2900 casos. Quando hoje se coloca a meta dos 2000 novos casos para iniciar o desconfinamento (ainda que com a ocorrência simultânea de valores - limite também nos internamentos, na ordem dos 1300/1400 doentes) ficamos perplexos com a ausência ou a disparidade de critérios
Um ano de covid-19 em Portugal
Façamos uma pequena viagem sobre este ano improvável, de luta contra o vírus, com sucessos e falhas, heróis e vilões, doentes que recuperaram, excesso brutal de mortalidade, recessão na Economia, encerramento de empresas e aumento do desemprego, interrupção nos diferentes graus de ensino e graves problemas de saúde mental
As virtudes do confinamento
À 49ª semana da SARS COV 2 entre nós, o número de novos casos baixou cerca de 50% (numa tendência que já vinha da semana anterior), os internamentos diminuíram ligeiramente e os óbitos caíram cerca de 17 por cento
Vacinas em autogestão
Ser pouco cuidadoso e ambíguo na definição de prioridades e conviver bem com os prevaricadores, perante um bem escasso e dispendioso que solidariamente financiamos, é um ato de profunda irresponsabilidade. E os que de forma ativa ou passiva atropelam premeditadamente os critérios de vacinação devem ser pública e severamente censurados
A catástrofe anunciada
O problema maior esteve na falta de decisão política, firme, coerente e sem medo
A Covid-19 levou-nos ao tapete
A situação atual da pandemia em Portugal tem sido, em momentos diferentes, vivida em quase todos os países, o que nos remete para outra questão relevante: o vírus não se dá a conhecer, altera as formas de intervir e apresenta-se com diferentes roupagens. Ou seja, parece ir sempre à frente, criando dificuldades novas e surpreendentes, aos investigadores, aos infeciologistas, aos políticos e à gestão dos serviços de saúde
Saúde nas eleições presidenciais: as visões dos candidatos
Manuel Delgado faz uma análise das visões dos candidatos à Presidência da República relativamente à saúde
A terceira vaga
É verdade que as medidas de higienização e de distanciamento ajudam muito a proteger as populações contra o vírus. Mas não são suficientes. Estava-se mesmo a ver que as enchentes nas grandes superfícies, nas pastelarias, nas estradas e nos convívios de Natal dariam este resultado, independentemente do esforço e atenção às questões da higiene e do distanciamento
Vacinação contra a Covid: dos sucessos às perplexidades
Segue-se, agora, a parte provavelmente mais difícil do processo vacinal: quando e como chegar aos 10 milhões de portugueses e com quantas tomas (face à expectável chegada de vacinas de outros laboratórios)
Um ano sob o signo da covid-19
O SNS sofreu um real teste de stress. Os que nele acreditam fizeram figas para que respondesse bem à pandemia. Os que não morrem de amores por ele, aguardavam ansiosamente o seu colapso, e com ele o colapso do Governo
Porque morrem mais portugueses com covid-19 na segunda vaga?
Se o aumento de óbitos fosse proporcional ao crescimento de novos casos, isto é, se mantivéssemos a taxa de letalidade de junho (4,36%), teríamos hoje perto de 16000 óbitos a lamentar e não os cerca de 6000 que registamos
Do apagão do SNS ao aumento das horas extraordinárias
Sabe-se hoje que os doentes COVID, na primeira vaga, não pressionaram a capacidade do SNS, mantendo disponíveis mais de 40% das camas, que ficaram vazias. Não houve resiliência suficiente dos serviços para rapidamente retomar atividade e muitos doentes foram ficando para trás
A vacina ao fundo do túnel
O nosso plano de vacinação tem, como todos os outros, critérios de prioridade, tendo em conta que o processo de vacinação levará quase um ano até ser universalmente concretizado e, também, que o fornecimento das vacinas será gradual ao longo dos meses. E há algumas prioridades que merecem alguma reflexão
Prémios e incentivos para os profissionais de saúde
Premiar o mérito e discriminar os melhores não é, todavia, uma cultura típica da administração pública portuguesa, baseada num modelo de carreiras burocrático, sem estímulos e em que a antiguidade continua a ser um posto
A pandemia e a política à portuguesa
O que é mais grave é a total negação dos riscos da pandemia, com que todos os dias, correntes de opinião bem organizadas nos brindam com os mais prodigiosos e fantasiosos argumentos. E ainda a sua comparação com uma simples gripe, relativizando internamentos e mortes
De novo a exclusividade dos médicos
Se a remuneração se centra apenas no horário, podemos ter resultados muito aleatórios. Médicos que se dedicam e efetivamente se responsabilizam pelos doentes e tentam reduzir tempos de espera, médicos que continuam a fazer o mesmo, não se preocupam com os doentes em espera e estão mais disponíveis para sair cedo e ir trabalhar aonde auferem rendimentos mais generosos
Razões que justificam o Estado de Emergência
Durante a primeira vaga de covid-19, a declaração do Estado de Emergência foi decisiva para travar o vírus. Três semanas depois, iniciámos uma descida contínua na ocorrência de novos casos e quatro semanas depois o mesmo ocorreu no número de doentes hospitalizados e no número de óbitos diários. Manuel Delgado explica a importância deste novo Estado de Emergência, que começa esta segunda-feira
Mais COVID...
O confinamento das populações, seja de natureza local, regional ou nacional, deve ser urgentemente equacionado com determinação. Se isso não for feito, os números continuarão a subir, os óbitos aumentarão necessariamente, os hospitais entrarão em rutura e os doentes não COVID ficarão irremediavelmente para trás
O papel do setor privado em tempos de pandemia
Entre a proposta precipitada e pouco racional dos que apelam já à intervenção do privado e a diabolização deste setor, há um grande espaço de cooperação, serena, eficiente e transparente entre o Estado e os privados
As diferenças entre a 1ª e 2ª vagas
Há estimativas que apontam já para cerca de 6 mil casos diários até ao final do ano e um pico apenas em 2021. São previsões assustadoras que assentam num pressuposto essencial: não haverá novo confinamento e as medidas de prevenção serão similares às atuais. Este pressuposto pode, todavia, mudar
Um “TRUMPolineiro” com COVID
Nunca quis usar máscara e obrigou um jornalista a tirá-la numa conferência de imprensa na Casa Branca, para lhe poder responder. Mas teve que a pôr quando, já infetado, foi levado para o Hospital Militar Walter Reed, em Washington. E dessa vez deixou a lixívia e a hidroxocloroquina para trás, seguindo, finalmente, as indicações terapêuticas dos melhores médicos que lhe foram disponibilizados