Caro leitor, O dia amanheceu soalheiro e luminoso em Lisboa, de onde lhe escrevo. Eram 7 e 37, sei-o ao minuto porque quis confirmar que vamos ganhar dois minutos de luz por dia ao longo de fevereiro. Até pode chover amanhã (é essa a previsão aqui para a capital) que já ninguém me tira essa hora e picos a mais prometidos para este mês. Tão bom.
Mas o melhor de tudo – e não estarei sozinha nesta certeza – é acordar sem que o meu mundo se tenha desmoronado à minha volta. O. Meu. Mundo. A minha casa, a minha cidade, o meu país. E, neles, as minhas filhas, a minha família, os meus amigos, os meus camaradas de trabalho, os meus vizinhos (não, não dá para fugir à repetição dos pronomes possessivos porque eles trazem relações de proximidade e de afeto).