O País anda crispado, e não é para menos. Passada a embriaguez do mundial de futebol – que não correu bem nem mal, antes pelo contrário – e da quadra festiva, o Governo tem sido obrigado a diversas idas ao Parlamento, num ambiente cada vez mais duro. Ontem foi assim, num debate que reforça cada vez mais que vivemos num País excelente, em que está tudo bem. Ou horrível, em que está tudo mal. Quem não está de um lado nem do outro, arrisca-se a ficar sem voz, e a cair para o lado.
Numa ocasião com o burocrata nome de “Debate mensal sobre política geral”, António Costa assumiu as despesas do seu lado, numa maratona de perto de quatro horas. Agora que já não existe geringonça e no lugar da cumplicidade comprometida só ficou azedume, o PS já não pode contar com a esquerda para desviar atenções e o ir folgando.