Era só mais um engravatado numa reunião de líderes mundiais cheia de “blá blá blá”, como lhe chamou Greta Thunberg. Mas aconteceu que Alok Sharma, 54 anos, político britânico conservador, ministro de Estado no governo de Boris Johnson e presidente da conferência do clima COP 26, desfez-se em lágrimas enquanto pedia desculpas pelas manobras de última hora que levaram à assinatura de um acordo muito aquém do que era esperado… e de que o mundo precisava.
Claro que Sharma não tardou a recompor-se dizendo à BBC que tinha dormido muito pouco, que o “momento era emotivo” e que, apesar de tudo, o acordo é “um feito histórico” que permite “afirmar que estamos a caminho de erradicar o carvão da história”. Blá, blá, blá. Mas as lágrimas deste homem frente a uma plateia pontuada por líderes que dedicam as suas orações ao “business as usual” foram de uma eloquência exemplar.