É um dia estranho este. Faltam ainda 92 dias para o fim do ano, mas há milhões de portugueses ansiosos pela chegada da meia-noite, que toquem os sinos e se inicie um novo ciclo, quase o derradeiro, no longo caminho para o tão falado regresso à normalidade. Não é o início do novo ano, mas é, em certa medida, o início de uma nova vida, com a entrada em vigor, às 00:00 de 1 de outubro da terceira fase do atual processo de desconfinamento.
Se hoje ainda vamos ter que mostrar o certificado digital para almoçar num restaurante, amanhã já poderemos entrar “como antigamente” e sem lotação reduzida. Se hoje, nos recreios das escolas, as crianças e jovens ainda vão ter de usar máscara, amanhã vão, finalmente, poder voltar a ver os sorrisos uns dos outros, quando se reencontrarem no mesmo espaço. E o sinal que marcará o final desta contagem decrescente para o “dia da libertação” será dado já esta noite: mal os ponteiros do relógio indiquem que chegou a meia-noite, muitas discotecas e espaços de diversão noturna vão abrir imediatamente as suas portas, após mais de um ano e meio encerrados. Agora, não haverá sequer um minuto a perder e esperam-se pistas de dança cheias um pouco por todo o lado, esta noite, a avaliar pelos relatos que chegam dos grupos de Whatsapp em que se têm combinado, nos últimos dias, as festas da “liberdade”. E para entrar na festa, já sem máscara, só é preciso apresentar o certificado digital de vacinação contra a covid-19 ou teste negativo.
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