Num mundo ainda a braços com a pandemia da Covid-19, uma crise financeira global, semelhante à do suprime de 2008, provocada pela queda da Lehman Brothers, era tudo o que os mercados [e os governos] menos esperariam – pelo menos, até anteontem, quando a Evergrande, o segundo maior grupo empresarial do imobiliário na China, não conseguiu realizar alguns dos reembolsos da sua dívida monstruosa a duas das suas entidades credoras.
Além de um passivo de 300 mil milhões de dólares, o conglomerado gigante chinês, que pulveriza a sua atividade por quase 300 cidades daquele país asiático, tem cerca de 90 mil milhões dólares de financiamento por parte de bancos de vários pontos do mundo e de investidores em títulos da empresa – ainda que os maiores credores sejam chineses – a vencerem no próximo ano.