Acompanhe a conferência em direto:
18h10
O diretor da VISÃO, João Garcia, chama Mercedes Balsemão, para entregar os prémios de 2015.
Os Nossos Heróis
Herói do Ano: Helena Freitas (jornalista, Projeto Garrrbage)
Menção Honrosa: Hugo Martins (médico, associação Vox Lisboa)
Empresa do Ano: Bel Portugal (Projeto #saycheese)
Menção Honrosa: Webankor, SA (Projeto eSolidar)
18h02
João Manzarra lamenta que não se juntem a ele mais colegas com visibilidade pública.
Ainda não é pai, mas quando for, o apresentador de TV prefere contar aos filhos que esteve a lutar pela integração dos refugiados, e não que se acobardou por medo.
17h57
“Num prazo de dois anos, ajudar a cumprir todas as necessidades dos refugiados – emprego, alimentação, educação e tudo mais – sentimos que numa família há um potencial grande de correr mal, daí termos optado por este modelo com instituições que acompanham as famílias”, explica Rui Marques relativamente ao funcionamento da PAR.
17h45
Ahmed Abdalla fala das dificuldades de iniciar uma nova vida vindo de outro país devido aos processos burocráticos complexos e à falta de acompanhamento como um simples… tradutor.
17h40
“Sou da Somália e cheguei a Portugal em dezembro de 2007. Eu e a minha família. É um país acolhedor e o povo tem coração aberto. Quando chegámos entrámos no centro de acolhimento para refugiados, onde ficámos nove meses. Portugal não tinha experiência em receber refugiados, eu e a minha família fomos os primeiros. Recebemos documentos e ficámos à espera. Durante nove meses, esperámos. Ainda não falo bem português, mas na altura não percebia nada. Fui à procura de casa, falando uma palavra de português, duas de inglês e cinco de árabe.” – Ahmed
17h35
Debate-se a reação da opinião pública na sequência dos atentados em Beirut e Paris: “Desde os atentados há uma enorme confusão na opinião pública, cometendo a iniquidade de confudir as vítimas com os agressores”, afirma Rui Marques.
17h33
“As pessoas dizem que fui para aparecer e têm razão. Eu fui para aparecer porque sei que tenho a empatia de certas pessoas e queria usar essa empatia para a transportar para os refugiados”. – João Manzarra
17h31
Um dos motivos que levou João Manzarra a acompanhar a viagem da caravana “Famílias Como As Nossas” foi constatar que muitas pessoas à sua volta nutriam uma falta de empatia para com quem sofria.
17h26
João Manzarra, apresentador de televisão, juntou-se a uma comitiva de portugueses que foi buscar famílias de refugiados ao norte da Europa, há dois meses. Motivado pela falta de empatia das pessoas para com esta problemática, quis dar a cara para aparecer: aparecer ele e a questão dos refugiados. “Foi um viagem cheia de emoção”.
“Os nossos primeiros 20 minutos lá, junto ao campo de refugiados, foram passados a tentar tirar o carro da lama, porque ficou logo atolado”, conta Manzarra.
17h24
“O risco do Líbano vir a ser um futuro ponto de conflito deixou-me muito perturbado”, confessa o coordenador da PAR.
“Também vi muito trabalho feito com uma dedicação e um profissionalismo inacreditáveis”. – Rui Marques
17h21
O Líbano está a colapsar num ano em que o Programa Alimentar Mundial decidiu reduzir em 40% o apoio disponível.” – Rui Marques
17h16
Rui Marques, coordenador da PAR, aterrou no Líbano três dias depois do atentado em Beirut.
“O Líbano é o nome da vergonha da Europa. O país recebeu um milhão e meio de refugiados, num país de quatro milhões de habitantes e com uma economia muito frágil. É o dobro dos refugiados recebidos na Europa”. – Rui Marques
17h10
Depois de um pequena pausa a Grande Conferência VISÃO Solidária e Montepio recomeça com uma mesa-redonda dedicada ao tema “Refugiados: Uma questão de perspetiva”, com a presença de Rui Marques, coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados, João Manzarra, apresentador e voluntário e Ahmed Abdalla, cidadão português, ex-refugiado da Somália, a conversa será moderada pela Grande Repórter da VISÃO, Rosa Ruela.
16h37
“Há pessoas efetivas e reais que apreciam estar a estudar entre nós”, afirma Jorge Sampaio, rematando a exibição do vídeo com vários testemunhos de estudantes sírios acolhidos em Portugal.
16h32
É exibido um vídeo com testemunhos de estudantes sírios acolhidos em Portugal, que falam do cenário dramático do qual fugiram. Quem não tinha eletricidade ou água, mas estava num local sem bombardeamentos, era considerado sortudo.
16h30
“Os refugiados não são uma população homogénea que deva ser tratada em bloco, a partir de uma etiqueta que se lhes cola”. – Jorge Sampaio
16h29
“Categorias como refugiados, asilo, migrantes têm de ser repensadas e buriladas, não só porque as fronteiras se esbateram, mas porque há categorias que só criam obstáculos adicionais. Há que desenvolver abordagens diferenciadoras que permitam respostas a curto prazo”. – Jorge Sampaio
16h26
Um facto surpreendeu Sampaio positivamente na crise síria: a capacidade demonstrada pelos países vizinhos em manter as portas abertas e acolher quatro milhões de sírios desde o início do conflito, há cinco anos, gerando muitos desequilíbrios internos. Pelo contrário, ficou dececionado com a incapacidade de a Europa não reagir a uma só voz.
16h24
“As soluções não podem ser imediatistas ou provisórias. Inicialmente, construíram-se campos de refugiados porque se assumia que era uma situação provisória, mas 17 anos mostra que não é provisório”.
“Uma coisa é dar alimentação e tecto aos refugiados, outra são as necessidades mais a longo prazo como a educação. Ter crianças em campos de refugiados que passam anos sem irem à escola, ficando sujeitos a todas as chantagens, revolve toda a nossa consciência”. – Jorge Sampaio
16h20
Alguns números referidos por Jorge Sampaio para justificar que este fenómeno não vai abrandar e que as respostas não podem ser de natureza imediatista e provisória:
Há 37 focos de conflito aceso em curso
Oito a dez anos é a duração média de uma guerra civil
Em 2015, há 78,9 milhões de pessoas refugiadas e delocadas
A duração média de permanência em campos de refugiados é de 17 a 20 anos
16h13
“Quero sublinhar que a proteção dos refugiados não é opcional e não pode ser à la carte, pelos menos no caso dos 140 países signitários dos acordos internacionais”. – Jorge Sampaio
16h10
Lembrando que a questão dos refugiados é tão velha como o mundo e como as guerras, Sampaio avisa que “o medo e o teror não podem fazer-nos fechar fronteiras e suspender a nossa vida normal, em sociedade. Se o fizermos estaremos a renunciar a nós próprios, àquilo que nos define”.
16h06
Jorge Sampaio alerta para a impossibilidade de ignorarmos a ameaça terrorista que entrou nas nossas vidas, mas também para a necessidade de evitar comportamentos motivados pelo medo.
16h02
“Na busca de soluções é indispensável pensar fora da caixa, outside of the box. O problema é grande para nós e para o nosso tempo e vai agravar-se. É certo que devemos evitar erros cometidos, mas temos de encontrar soluções novas e ousadas, mas sempre solidárias”, recomenda Francisco Pinto Balsemão dando o exemplo do ex-Presidente da República Jorge Sampaio como alguém capaz de pensar outside of the box.
16h00
“Estamos perante uma situação de emergência grave”, disse Francisco Balsemão, lembrando que hoje, no mundo, há 60 milhões de refugiados, mais do dobro de há dez anos.
O problema é grande, temos de pensar fora da caixa. “Por isso que convidámos para orador desta conferência o dr. Jorge Sampaio”.
15h56
“Segundos os cálculos da ACNUR, cerca de 600 mil novos refugiados deverão chegar à Europa no próximo inverno”.
“Só em outubro chegaram à Grécia e a Itália o mesmo número de refugiados que entraram na Europa no ano passado. Cerca de 250 mil pessoas”. – Francisco Pinto Balsemão
15h50
Francisco Pinto Balsemão, o patrão da Impresa, presta as contas da parceria entre a VISÃO e o Montepio: mais de 600 páginas publicadas sobre solidariedade, milhares de notícias escritas na página online, onze heróis e cinco empresas distinguidos pelo prémio Os Nossos Heróis, milhares de leitores tocados pelas problemáticas associadas a esta área.
15:47
“Hoje estamos muito carenciados de esperança”.
“A economia social tem um peso na ordem dos 8% em Portugal, mas há países onde tem um peso de 15%. Há coisas extraordinárias: a esperança média de vida a partir dos 65 anos de idade, com saúde, em Portugal, é de cinco anos, na Suécia, onde o peso da economia social é de 15%, é de 15 anos”. – António Tomás Correia
15h35
O presidente do Conselho de Administração da Associação Mutualista Montepio, António Tomás Correia, destaca que o Montepio foi uma das primeiras associações a apoiar a Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios (APGES).
15h00
Começam a chegar os convidados à Grande Conferência da VISÃO Solidária e do Montepio.
As boas-vindas serão dadas por António Tomás Correia, presidente do Conselho de Administração da Associação Mutualista Montepio e Francisco Pinto Balsemão, chairman do Grupo Impresa.
O principal convidado do evento é o ex-presidente da República Jorge Sampaio, que irá falar-nos sobre como “Pensar a questão dos refugiados fora da caixa”, também enquanto presidente da Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios (APGES).
O evento contará, também, com uma mesa redonda dedicada ao tema “Refugiados: Uma questão de perspetiva”, com a presença de Rui Marques, coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados, João Manzarra, apresentador e voluntário e Ahmed Abdalla, cidadão português, ex-refugiado da Somália, a conversa será moderada pela Grande Repórter da VISÃO, Rosa Ruela.
A conferência encerra com a revelção dos vencedores do prémio Os Nossos Heróis, promovidos pela VISÃO Solidária e pelo Montepio, que distinguem pessoas e empresas que se destacam na área social.