“O conceito de cidadania está intimamente ligado ao exercício dos nossos direitos e deveres políticos, civis, sociais e ambientais, no âmbito de uma sociedade que deverá idealmente conseguir aplicar conceitos tão básicos e transversais como o respeito, a igualdade e a solidariedade.
Penso que a forma como exercemos a nossa cidadania deve pautar-se por um equilíbrio entre as diferentes vertentes possíveis ao nível da intervenção civil, respeitando logicamente os interesses, as motivações e as liberdades de escolha de cada um. No meu caso em particular e sem descurar as restantes vertentes onde também tento exercer a minha participação, é no âmbito da cidadania ambiental, sobretudo ao serviço da Quercus, que dou a minha maior contribuição.
Com efeito, participo desde há cerca de 10 anos como voluntário, tanto em acções com cariz eminentemente prático em prol do Ambiente, como em diversos cargos directivos que tenho ocupado nesta que é a maior Associação de Defesa do Ambiente nacional. Neste sentido, tenho colaborado para que a Quercus continue a apostar no diálogo, na mobilização e na participação pública como forma de levar à sociedade as mudanças que pretende operar.
Falo obviamente de mudanças (para melhor) no sector do Ambiente que é a nossa área directa de actividade, mas também em outras que na maior parte das vezes se cruzam com estas, como são as mudanças a nível social e económico. Se é verdade que numa situação difícil como esta que o país está a atravessar, a tendência será de olhar mais para os ganho imediatos e menos para aqueles que nos podem trazer benefícios a médio/longo prazo, considero que deve ser o papel de todos nós como cidadãos alertar para as opções a fazer no presente mas que irão condicionar de forma determinante o nosso futuro.”