“O que se dá a alguém que tem tudo?”
O pensamento natalício de dezembro passado assaltou o espírito de Mariana Jones. Técnica de vendas da Delta, com as contas dos grandes clientes na área da hotelaria e turismo, ela metera férias na empresa para rumar do Porto a Campo Maior e encontrar-se com o “senhor Rui”, trato habitual entre funcionários e conterrâneos. Queria falar-lhe de uma ideia que ia gatafunhando nas horas vagas: escrever, para um público infantojuvenil, a história do fundador, no caso também patrão. Não avançaria sem o seu aval e pretendia escutar outros membros da família Nabeiro, caso precisasse compor memórias do reverenciado empresário dos cafés. Enquanto isso, repetia para si própria: “O que se dá a alguém que tem tudo?”