A nota de €10, exibida sobre o balcão, instiga o reparo imediato. “Não aceitamos dinheiro, só cartões”, informa o funcionário da padaria. Enquanto embrulha dois pães com azeitonas, garante que a prática “é legal” e acrescenta que “alguns” clientes reclamam mas que “a maioria já está habituada”. “Começou durante a pandemia e agora toda a cadeia funciona assim”, esclarece.
Nas padarias Gleba, com oito lojas na zona da Grande Lisboa, não entram notas nem moedas; só se aceitam meios de pagamento eletrónicos. É cada vez menos uma exceção em Portugal: aos poucos, cresce o número de estabelecimentos que recusam dinheiro vivo (ou numerário), seguindo a tendência cashless já com bastante expressão em países como a Suécia, a Coreia do Sul, os Estados Unidos da América ou a Austrália.