Às 11h em ponto deste sábado- a pontualidade britânica nunca desilude -, Carlos III foi proclamado em público como o novo monarca do Reino Unido, um ritual precedido pelo toque de trombetas na varanda do palácio de St. James, em Londres.
Foi nesse local que o rei de armas da Jarreteira (Garter King of Arms), David Vines White, anunciou a Proclamação Principal redigida no interior do palácio pelo Accession Council, um órgão que se reúne após a morte de um monarca. “O príncipe Carlos Filipe Artur Jorge é agora, pela morte da nossa última soberana de memória feliz, o nosso único legítimo Lord, Carlos III”, ouviu-se.
A seguir à leitura, uma companhia de guardas reais saudou com três ‘vivas’ o novo Rei, depois de se ouvir o hino do Reino Unido, “God Save the King” (“Deus salve o Rei”), tocado pela banda do regimento dos Guardas de Coldstream, o mais antigo regimento das forças armadas britânicas. Junto à Torre de Londres, soaram salvas de canhão, assim como nas outras capitais do reino, como Edimburgo e Cardiff, onde se lia igualmente em público a proclamação em cerimónias semelhantes.
Ao assinar o juramento pelo qual se torna Rei, Carlos III, como Charles R, comprometeu-se a “seguir o exemplo inspirador” da sua mãe, manifestando-se “profundamente consciente da grande herança, deveres e pesada responsabilidade” da monarquia. “Ao tomar estas responsabilidades, lutarei por seguir o exemplo inspirador que me precede, mantendo o governo constitucional, e procurando a paz, harmonia e prosperidade dos povos destas ilhas”, declarou o novo Rei, agradecendo também à “adorada mulher” o “apoio constante”.
As testemunhas, entre elas William, Príncipe de Gales, e Camila, Rainha Consorte, assinaram duas cópias do documento.
Carlos III aprovou ainda que, no dia do funeral de Isabel II, seja feriado em Inglaterra, no País de Gales, na Irlanda do Norte e na Escócia, mas a data do funeral ainda não foi confirmada.
Com Lusa