Um grupo da unidade funcional musculoesquelética, do serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, fez um estudo para avaliar se o tempo atribuído à travessia de peões nas passadeiras semaforizadas entre o hospital e os transportes públicos locais era suficiente para permitir a passagem dos idosos em segurança.
Foram avaliados 100 doentes, com uma idade média de 75 anos, sendo que 29 usavam um auxiliar de marcha, como bengala ou canadianas. Todos responderam a um questionário, à escala de confiança no equilíbrio específica da atividade e executaram o teste de marcha de 10 metros.
Além disso, foram analisados os tempos de abertura dos semáforos de 26 passadeiras, ao redor das três entradas do hospital — Rua da Beneficência, Hotel Zurique e Hotel HolidayInn — em nove percursos até aos transportes públicos locais. Foi também calculada a velocidade de marcha necessária para realizar a travessia das passadeiras em segurança.
Segundo a legislação portuguesa destinada aos cidadãos de mobilidade condicionada, o sinal verde de travessia de peões deve estar aberto o tempo suficiente para permitir a travessia dos peões a uma velocidade de 0,4 m/s. A velocidade de marcha média dos 100 doentes avaliados neste estudo foi de 0,81 m/s. Apenas dois caminharam abaixo dos 0,4 m/s em marcha normal.
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