O autor de 12 Regras Para a Vida: Um Antídoto Para o Caos (Lua de Papel), e de vários outros best-sellers, está a recuperar numa clínica russa da sua dependência das benzodiazepinas, prescritas para diminuir os seus problemas de ansiedade. Jordan Peterson já antes abordara publicamente a sua luta contra a depressão.
Foi a filha, Mikhaila Peterson, que revelou ao mundo o estado de saúde do pai, aos 57 anos, afirmando que o escritor esteve “à beira da morte várias vezes”.
O também psicólogo clínico e professor catedrático começou por tomar medicação para a ansiedade durante oito meses, depois de ter tido “uma reação autoimune extremamente severa à comida”, conta a filha num vídeo divulgado na plataforma YouTube na sexta-feira, 7. A sua dependência destes medicamentos só se tornou evidente para a família em abril do ano passado, quando a sua mulher foi diagnosticada com um cancro, e a dosagem prescrita foi aumentada.
Jordan Peterson ganhou reconhecimento internacional ao associar as teorias da auto-ajuda com um pensamento político conservador. Ataca o “politicamente correto”, as feministas ou aquelas que considera ideias marxistas. O professor de psicologia da Universidade de Toronto tem mais de 2,5 milhões de seguidores no YouTube.
Palestrante em vários pontos do globo, o canadiano retirou-se da vida pública no ano passado e, em novembro, deu entrada numa clínica de reabilitação em Nova Iorque.
A filha afirma que o coquetel de medicamentos que lhe foi prescrito nos Estados Unidos da América estaria a provocar pensamentos suicidas, o que levou a família a procurar um tratamento alternativo. Encontraram-no numa clínica em Moscovo. Mikhaila acredita que os hospitais americanos falharam o diagnóstico do pai e que “apenas prescreviam mais medicamentos para esconderem a reação às benzodiazepinas”.
Na Rússia, Peterson foi diagnosticado com uma pneumonia e esteve oito dias em como induzido. Já está fora da unidade de cuidados intensivos, mas terá danos neurológicos que vão obrigar a uma longa recuperação. Por enquanto, não consegue escrever ou andar sem ajuda.
Mikhaila garante que o sentido de humor do pai não foi afetado.