As expectativas saíram furadas aos executivos da sueca H&M e, nos últimos anos, não venderam tanto como esperavam. Aliás, este ano estão 13% abaixo do que venderam no mesmo período do ano passado.
Resultado: o gigante da indústria têxtil tem, agora, uns também gigantes 3,5 mil milhões de euros de roupa em stock.
Uma astronómica pilha que tem de ter um destino rapidamente para que as contas possam ficar mais equilibradas, já que os lucros descerem 28% nos primeiros seis meses deste ano.
Os analistas dizem que a marca vai fazer saldos, tanto nas lojas físicas como online, mas, também, vender a retalhistas de países onde não estão presente. Só que há riscos a ter em conta.
Não se devem fazer saldos de forma descontrolada sob pena de os consumidores passarem a olhar para a marca de forma diferente, como por exemplo, uma loja de descontos e com produtos sempre baratos. A reputação tem de ser salvaguardada através de promoções e saldos de maneira orientada.
A H&M já disse que a roupa que não conseguir vender será doada a instituições de solidariedade.
Alguns analistas do mercado referem que uma das razões para esta pilha de roupa em armazém se deve ao facto de a marca sueca ter chegado tarde demais às vendas online, estando agora a tentar apanhar o barco.
O CEO da insígnia pôs água na fervura e puxou dos eufemismos ao referir que “os primeiros seis meses deste ano foram mais desafiantes do que inicialmente pensávamos, mas acreditamos numa melhoria gradual na segunda metade do ano”.