A esperança de vida à nascença aumentou 2,44 anos para a população portuguesa residente na última década, revelam os dados das “Tábuas de Mortalidade para Portugal 2014–2016” do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta segunda-feira. Os portugueses podem agora esperar chegar aos 80,62 anos, sendo que a esperança média de vida continua a ser mais alta nas mulheres: 83,33 contra 77,61 dos homens, uma diferença de 5,72 anos. Estes números dizem respeito ao período entre 2014 e 2016.
No relatório, o INE menciona que, em relação ao período compreendido entre 2013 e 2015, os homens vivem mais três meses e as mulheres 1,2 meses.
O instituto refere que esta dinâmica para a população feminina resulta, sobretudo, “da redução na mortalidade nas idades iguais ou superiores a 60 anos”, ao passo que os homens, “apesar da importância da diminuição na mortalidade nas idades mais avançadas”, vivem mais devido à redução da mortalidade em idades inferiores aos 60 anos, particularmente entre os 35 e os 59.
Na última década, ainda que as mulheres vivam mais tempo, têm-se verificado uma diminuição destes valores. Em 2006, a diferença situava-se em 6,52 anos, em 2016 esteva nos 5,72.
Segundo o INE, no período entre 2014 e 2016, 65,2% dos óbitos ocorreu em idades superiores aos 80 anos, sendo que 54,9% dos homens morreram a partir desta faixa etária. Nas mulheres, este número é consideravelmente superior: 74,8 por cento.
O estudo acrescenta ainda que a idade mais frequente dos óbitos masculinos foi 86 anos e 88 nos femininos, tendo subido um ano para ambos em relação a 2006.