O objetivo da investigação da ANECPLA, apresentada esta sexta-feira, no Congresso Profissional e Feira de Controlo de Pragas e Saúde Ambiental, Expocida Iberia 2014 em Madrid, é analisar a evolução do setor de serviços biocidas e de pragas urbanas em Portugal e Espanha, nos últimos cinco anos.
O estudo conclui que os maiores aumentos de pragas, de acordo com as espécies e estabelecimentos observados, foram de baratas e roedores, com exceção de hotéis, hospitais e casas de repouso, onde as espécies em ascensão são os percevejos. O diretor-geral da ANECPLA, Milagros Fernández de Lezeta afirmou que ” nos próximos anos haverá um aumento da população de pragas. O crescimento das cidades, o aquecimento global, os invernos mais amenos e a expansão do turismo, contribuem largamente para isso”.
Naquela que é já a terceira edição do EXPOCIDA Iberia 2014, também foram avaliadas questões de saúde, incluindo surtos da bactéria legionella, dque provocam em Espanha cerca de 45 mortes por ano, as pragas de aves, que além de sujarem as cidades, danificam o património histórico e são um dos principais focos de doenças, e as térmitas, que afetam particularmente os edifícios localizados nos bairros antigos das cidades, colocando em risco a segurança dos inquilinos.
Além do combate às pragas tradicionais, como os gafanhotos e os percevejos, as empresas de Controlo de Pragas enfrentam agora espécies mais exóticas, como o mosquito tigre, a vespa asiática e a barata americana.
Os serviços mais requisitados às empresas em Espanha são os serviços de desinfestação (proporcionados por 92% das empresas), desratização (90%), percevejos (73%), térmitas da madeira (71% ) e batérias Legionella (67%).