O novo medicamento mostrou já resultados animadores em doentes com demência classificada como “ligeira”, e, esperam os investigadores, deverá ser ainda mais eficaz se administrado a pessoas com fatores de risco da doença muito antes de apresentarem qualquer sintoma.
Eric Karran, diretor de investigação do Alzheimer’s Research UK, vai mais longe e, citado pelo jornal britânico The Guardian, declara-se “cheio de esperança” que dentro de cinco anos o tratamento preventivo da demência seja uma realidade.
Na prática, se os testes clínicos mostrarem a eficácia do medicamento, os médicos poderão receitar injeções mensais aos seus doentes que tenham um historial de demência na família, anos antes de apresentarem qualquer sintoma, da mesma forma que milhões de pessoas tomam medicamentos para prevenir doenças cardíacas.
Com a cimeira do G8 dedicada à doença marcada para a semana, Karran avança que em causa está um medicamento chamado “solamezumab”.
Os primeiros estudos usaram a substância em doentes com demência moderada, sem que tenham obtido resultados positivos. No entanto, em pessoas com uma forma ligeira da doença, o impacto foi animador, tanto no seu comportamento diário como no funcionamento do cérebro e na memória.