“Mais de um ano após o início dos protestos em países do Médio Oriente e Norte África – como o Egito, Líbia, Iémen, Síria, Bahrein, Arábia Saudita e Irão – os graves abusos dos direitos humanos continuam”, sublinha a Aministia Internacional (AI), que critica o que classifica como o desrespeito pela liberdade de expressão, como o bloqueio do uso da internet nestes países.
Este sábado, Dia de Acção Global sobre as Revoluções no Médio Oriente e Norte de África, a AI Portugal propõe-se “dar voz a estes manifestantes e amplificar a sua mensagem através das redes sociais”, através do projecto Freedom Dictionary (ou dicionário da liberdade), que quer “libertar estas palavras que estão presas pela censura”.
O projecto consiste na criação de um dicionário, composto por 155 mil palavras que serão libertadas pelas pessoas através da internet. Para participar do projecto, basta entrar no site www.freedomdictionary.org, escolher uma palavra para libertar e partilhar nas redes sociais. Cada pessoa poderá libertar apenas uma palavra e esta ficará associada ao seu nome.
No dia 3 de Maio, o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o projecto chega ao fim. Serão impressas 11 cópias do dicionário e enviadas para 11 países onde revoluções ainda estão a decorrer (Tunísia, Egito, Líbia, Iémen, Síria, Bahrein, Iraque, Argélia, Irão, Marrocos e Arábia Saudita). No dicionário impresso, as pessoas poderão também saber quem libertou cada palavra. As palavras que não forem libertadas, não constarão no dicionário final e no seu lugar ficará um espaço em branco.