Um grupo de investigadores da Universidade de Edimburgo observou 161 casos de overdose “repartida” no hospital da instituição, ao longo de um período de seis anos e alertam agora para os perigos do paracetamol, usado como analgésico e antipirético para adultos e crianças.
Os médicos avisam que basta uma pequena sobredosagem, repetida, para pôr em risco a vida do paciente, pelo que são sobretudo os que tomam comprimidos de paracetamol para a dor crónica que correm maiores riscos.
Para agravar os perigos, os sintomas desta overdose repartida no tempo e de lesão do fígado não são fáceis de reconhecer nem para os próprios clínicos.
Para chegar a esta conclusão, a equipa de investigadores observou os dados de 663 pacientes diagnosticados com lesão hepática provocada por excesso de paracetamol.
O conselho
“Se a pessoa sente dor e o paracetamol não ajuda, em vez de pensar que tomar uma dose mais elevada pode resultar, consulte o farmacêutico para uma alternativa para o controlo da dor”, pedem os especialistas, em declarações ao British Journal of Clinical Pharmacology, citado pela BBC.
O risco de overdose com esta substância agrava-se nesta altura do ano, com as frequentes gripes e resfriados, uma vez que vários produtos disponíveis no mercado para aliviar os sintomas contêm paracetamol.