A TAP surge no programa eleitoral do PSD, hoje apresentado, num capítulo intitulado “Infraestruturas: conservar, qualificar, inovar”, com o partido liderado por Rui Rio a acusar o governo do PS de ter “conduzido muito mal” processo da transportadora, ao ter avançado para uma “intervenção maximalista de apoios públicos, por fixação ideológica, sem a devida análise de alternativas ou mecanismos mais equilibrados e graduais”.
“O modelo de intervenção exclusivamente público é errado”, lê-se no documento, com o PSD a considerar que o diálogo com a Comissão Europeia “tem sido manifestamente ineficaz” e que a decisão muito tardia sobre o plano de reestruturação “retirou competitividade à TAP”.
Neste contexto, refere que a generalidade dos países teve os seus apoios e planos de reestruturação “aprovados na primeira fase da pandemia, o que lhes permitiu atuar rapidamente”.
Para o PSD, o foco na TAP esteve nos ‘inputs’ quando deveria estar nos ‘outputs’, ou seja, nos serviços e nos resultados, de forma a assegurar que a “TAP reestruturada não é um encargo que pese ao contribuinte ou que comprometa outros investimentos estruturais”.
“Na atual situação, passados quase dois anos de pandemia, e considerando os erros colossais levados a cabo pelo Governo, o PSD defende uma solução de viabilização da empresa, mas em termos sustentáveis, europeus, de acordo com as boas práticas de gestão”, lê-se no documento.
O PSD defende, assim, um programa de reestruturação empresarial semelhante ao adotado na Caixa Geral de Depósitos, apontando um “plano estratégico robusto, não fantasioso” e a executar “por uma equipa de gestão profissional “com a perspetiva de vir a devolver valor ao acionista/contribuinte, num calendário razoável”.
LT // EA