Ainda faltam várias semanas para o País entrar no mais alto nível de risco de incêndios rurais (1 de julho a 30 de setembro), mas já há um mês que o ministro da Administração Interna (MAI), José Luís Carneiro, tem vindo a repetir alertas para o que pode acontecer no pico do verão, algo inédito num governante com a tutela da Proteção Civil e que já levou o primeiro-ministro a aflorar o assunto num debate parlamentar, há duas semanas: “Não vou ter um verão descansado, porque temos de estar sempre preparados para o que possa acontecer.”
A postura de Carneiro tem um motivo: o número de fogos rurais no primeiro trimestre de 2023 é elevado, tal como em 2022, ano em que ocorreu um recorde de incêndios de inverno. Mas pior do que isso: a área ardida é das maiores desde 2001.