São militares da GNR e agentes da PSP, muitos deles no ativo, distribuídos pelo País. Durante meses, um grupo de investigadores digitais compilou informações e publicações, dos últimos anos, nas redes sociais, relativas a 591 profissionais daquelas corporações policiais e construiu uma base de dados sobre os mesmos. Depois, o Consórcio de Jornalistas de Investigação (CJI), recentemente criado em Portugal, mergulhou na amostra e tirou o retrato ao universo paralelo das forças de segurança.
A “fotografia” não é bonita. No Facebook, estes profissionais praticam, sobretudo, a impunidade. Fazem ameaças, campanhas de ódio, usam da discriminação e do preconceito sem freio e sem máscara. Violam as bases da República, os estatutos, regulamentos e códigos de conduta, quando devem estar subordinados “ao interesse público” e à “defesa da legalidade democrática, da segurança interna e dos direitos fundamentais dos cidadãos, nos termos da Constituição e da lei”.