“Cuba precisa da nossa solidariedade! Cuba não está só! Cuba vencerá!”. As palavras de ordem da convocatória do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), liderado pela dirigente comunista Ilda Figueiredo, não deixam margens para dúvidas sobre a motivação para a realização de uma manifestação, esta quinta-feira, pelas 18 horas, em frente à Embaixada de Cuba, em Lisboa.
Organizada, além do CPPC, pela Associação de Amizade Portugal-Cuba, dirigida pelo comunista António Fidaldo, e pela CGTP-IN, liderada por Isabel Camarinha, uma também militante destacada do PCP, a concentração é justificada com a argumentação que Havana dá há décadas para as dificuldades pelas quais a sua economia passa, e que fez a população agora sair à rua.
“Cuba resiste há mais de 60 anos ao bloqueio imposto pelos EUA, a maior potência económica e militar do mundo. Reiteradamente condenado pela esmagadora maioria dos países com assento na Assembleia Geral das Nações Unidas – como voltou a acontecer no passado mês de Junho –, o bloqueio económico, financeiro e comercial contra Cuba atenta gravemente contra os direitos do povo cubano e o desenvolvimento do seu país”, alude o o comunicado do CPPC, que salienta que “durante a Administração Trump, mesmo perante o grave quadro pandémico mundial, os EUA reforçaram as criminosas medidas coercivas contra Cuba – que a Administração Biden mantém –, e incrementaram as acções desestabilizadoras dirigidas contra a soberania de Cuba e os direitos do seu povo”.
Perante os protestos populares na capital cubana, que exigem mais liberdade e apoios sociais, estas associações destacam que “Cuba é um exemplo de coragem e dignidade, de soberania e participação popular! Cuba é um exemplo da solidariedade e ajuda internacional, nomeadamente no sector da saúde e educação”.