No dia em que o Conselho de Ministros aprovou o decreto o que regulamenta a prorrogação do estado de emergência decretado pelo Presidente da República, que estará em vigor entre as 00:00 de domingo e as 23:59 de 14 de fevereiro, Marcelo Rebelo de Sousa fez uma curta declaração ao País para lembrar que estamos no “período mais difícil da pandemia”, com números dos mais elevados da Europa, que atribuiu à propagação vertiginosa da variante inglesa do vírus.
“Crescem a negação do vírus, da sua gravidade, da necessidade do estado de emergência e do confinamento mas nada disso, nenhuma dessas negações resolve a multiplicação dos mortos, a espera infindável dos internamentos, o sofrimento”, considerou o Presidente da República, insistindo que “é preciso agir depressa e drasticamente”.
“Temos de ser mais estritos, mais vigorosos, mais firmes no que fizermos e não fizermos”, avisou Marcelo, o que passa por estarmos “preparados para um confinamento e um período de ensino à distância mais duradouros do que se pensava antes desta escalada”.
“Temos de esgotar todas as hipóteses”, disse ainda o Presidente, a propósito do controlo de fronteiras na entrada e saída do País.
O diploma aprovado esta quinta-feira permite proibir ou limitar as aulas presenciais, restringir a circulação internacional e mobilizar profissionais de saúde reformados, reservistas ou formados no estrangeiro.
“A situação é mesmo a pior que vivemos desde março do ano passado. O que fizermos até março, inclusive, determinará o que vai ser ser a primavera, o verão e, quem sabe, até o outono”.